segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

DOM. JAIME DA ENTREVISTA AO BLOG DA TAISA GALVÃO

O Arcebispo a Arquidiocese de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, se pronunciou ao Blog, neste momento, sobre a renúncia do Papa Bento XVI, marcada para o dia 28 deste mês.
Pelo telefone, o Blog conversou com Dom Jaime.



Thaisa Galvão – O que representa para o senhor a renúncia do Papa Bento XVI?
Dom Jaime Vieira – Para nós que vivemos a experiência de uma igreja multi-secular, milenar, certamente a renúncia é um gesto natural, mas que nos causa surpresa. Ao mesmo tempo, podemos verificar que ao longo de toda a história, aconteceu de outros Papas também renunciarem. O último foi em 1294, no século 13, o Papa Celestino Quinto. Ele está sepultado na Província de Áquila, na Itália.
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Thaisa Galvão - A última renúncia aconteceu no século 13, em outros tempos. Hoje, qual seria o significado para a igreja católica?
Dom Jaime Vieira - É um fato considerável e justificável pelo que representa o Pontificado de Bento XVI, sempre lúcido e seguro, que dizia que ‘para governar  a igreja no mundo de hoje, neste mundo tão exigente e complexo, é preciso muita força. Força do espírito e força do do corpo’. E ele se sentia debilitado pela idade e sem condições de levar adiante seu Pontificado. Por isso, com humildade e lucidez, assumiu a renúncia. O presidente da França considerou a atitude respeitável. A Itália está surpresa. E na Alemanha, sua terra, a população está comovida. Mas o Direito Canônico assegura  o direito de apresentar renúncia. Papas e Bispos são aconselhados a renunciar ao completarem 75 anos.
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Thaisa Galvão – Já se fala em algum nome para suceder o Papa Bento XVI?
Dom Jaime Vieira – Não posso dizer isso. Estou refletindo sobre a repercussão. Não estamos na fase de especulação. Agora é o impacto da notícia, depois virão as indicações. Ele vai renunciar no dia 28, depois a igreja convoca  a nova eleição.

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Thaisa Galvão – Significa que o mundo ficará sem Papa por alguns dias.
Dom Jaime Vieira – É. A partir do dia 28. O que tiver a precedência no Colégio Cardinalício assumirá o comando da igreja enquanto não se escolhe o novo Papa.

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